TEXTOS REFERENTES
WOLF, Mauro. Teorias
das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
LOPES, Maria Immacolata V. de. Pesquisa em Comunicação. 6.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
LOPES, Maria Immacolata V. de. Pesquisa em Comunicação. 6.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
A apresentação e a análise das diversas teorias não devem seguir apenas o critério cronológico. Devem ser ordenadas segundo outras três determinações:
1 O CONTEXTO SOCIAL, HISTÓRICO E ECONÔMICO em que um determinado modelo teórico sobre as comunicações de massa apareceu ou se difundiu.2 O TIPO DE TEORIA SOCIAL PRESSUPOSTA pelas teorias sobre os mass media: “trata-se frequentemente de modelos sociológicos implícitos, mas não faltam os casos de conexões evidentes entre quadros de referência sociológicos e pesquisa sobre os meios de comunicação;3 O MODELO DE PROCESSO COMUNICATIVO que cada teoria apresenta: é necessário “explicitar esse modelo dado que, em muitas teorias, e paradoxalmente, não recebe um tratamento adequado”.
A análise das relações existentes entre esses três fatores permite, segundo Wolf:
– articular as conexões entre as diversas teorias dos meios de comunicação e especificar qual o paradigma dominante em diferentes períodos, e as razões para tal eleição.
– compreender quais os problemas das comunicações de massa que foram sistematicamente tratados como relevantes e fundamentais e quais foram relegados para um segundo plano.
Tal posicionamento pode ser articulado ao critério concebido por Maria Immacolata Vassalo de Lopes (2001) como fundador de todas as opções metodológicas (nesse caso, também teórica): o critério epistemológico.
Para a autora, esse critério “orienta a opção em torno da diversidade de paradigmas existentes nas Ciências Sociais e de seus modelos teóricos particulares” (2001, p.102-103).
Assim podemos também afirmar que a escolha dos problemas a serem (ou não) tratados por uma teoria está articulada ao contexto de emergência dessa teoria, bem como à postura epistemológica dos teóricos.
Final dos anos 1920 - início dos anos 30
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Anos 1940
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Anos 1950
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TEORIA
HIPODÉRMICA
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TEORIA DA
PERSUASÃO OU EMPÍRICO-EXPERIMENTAL
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TEORIA DOS
EFEITOS LIMITADOS OU EMPÍRICA DE CAMPO
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TEORIA FUNCIONALISTA
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Síntese de Wolf: “cada elemento
do público é pessoal e diretamente ‘atingido’ pela mensagem (WRIGHT, 1975,
p.97).
à Palavra-chave:
manipulação.
à
Orientação: behaviorista
à
Contexto histórico: período entre guerras; difusão das CM; eclosão de
movimentos totalitários (Itália: Mussolini; Portugal: Salazar; Espanha: Francisco
Franco; URSS: Stálin; Alemanha: Hitler).
à
Primeira reação do fenômeno das CM provocou entre estudiosos de proveniência
diversa.
à
A principal componente da teoria hipodérmica é a presença explícita de uma teoria da sociedade de massa; no
aspecto comunicativo, há uma teoria
psicológica da ação.
à
Pode ser descrita como uma teoria da/sobre a propaganda (tema central).
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Resultante
dos estudos psicológicos experimentais, essa teoria traz uma revisão do
processo comunicativo da T. Hipodérmica, evidenciando a complexidade dos
elementos que entram em jogo na relação entre emissor, mensagem e destinatário.
à Palavra-chave:
persuasão.
à
Orientação: behaviorista
à A abordagem deixa de ser global, incidindo sobre
todo o universo dos meios de comunicação e passa a “apontar”, para o estudo
da sua eficácia e ou ineficácia persuasiva.
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Síntese:
associa os processos de comunicação de massa às características do contexto
social em que esses processos se realizam.
à Palavra-chave:
influência. não
apenas aquela exercida pelos MCM, mas a influência mais geral que “perpassa”
as relações comunitárias.
à Orientação: sociológica
De orientação
sociológica, seu desenvolvimento cruzou-se constantemente com os trabalhos
contemporâneos da pesquisa experimental sendo por isso difícil separar âmbitos
totalmente autônomos.
à Marcou de uma forma mais relevante a história da communication research.
à Situa-se num contexto social claramente de tipo
administrativo e está atenta à dimensão prático-aplicável dos problemas
investigados.
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à Abordagem global aos MCM, pois se acentua a
explicitação das funções exercidas pelo sistema das CM (mas suas articulações
internas estabelecem a distinção entre gêneros e meios específicos).
à Diferentemente das teorias anteriores, tem como
questão de fundo não os efeitos, mas as funções
exercidas pela comunicação de massa na sociedade.
à Orientação:
sociológica/estruturalista.
à Palavra-chave:
função
à Contexto: pós-2ª Guerra.
à Abandono da ideia (subjetiva) de um efeito
intencional do ato comunicativo, atentando para as consequências
objetivamente verificaveis da ação dos mass
media sobre a sociedade no seu conjunto ou sobre os seus subsistemas.
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