Seguidores

terça-feira, 20 de março de 2012

INTRODUÇÃO À TEORIA DA COMUNICAÇÃO

TEXTOS REFERENTES
WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 
LOPES, Maria Immacolata V. de. Pesquisa em Comunicação. 6.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
A apresentação e a análise das diversas teorias não devem seguir apenas o critério cronológico.  Devem ser ordenadas segundo outras três determinações:
1 O CONTEXTO SOCIAL, HISTÓRICO E ECONÔMICO em que um determinado modelo teórico sobre as comunicações de massa apareceu ou se difundiu.2 O TIPO DE TEORIA SOCIAL PRESSUPOSTA pelas teorias sobre os mass media: “trata-se frequentemente de modelos sociológicos implícitos, mas não faltam os casos de conexões evidentes entre quadros de referência sociológicos e pesquisa sobre os meios de comunicação;3 O MODELO DE PROCESSO COMUNICATIVO que cada teoria apresenta: é necessário “explicitar esse modelo dado que, em muitas teorias, e paradoxalmente, não recebe um tratamento adequado”.
A análise das relações existentes entre esses três fatores permite, segundo Wolf:
– articular as conexões entre as diversas teorias dos meios de comunicação e especificar qual o paradigma dominante em diferentes períodos, e as razões para tal eleição.
– compreender quais os problemas das comunicações de massa que foram sistematicamente tratados como relevantes e fundamentais e quais foram relegados para um segundo plano.

Tal posicionamento pode ser articulado ao critério concebido por Maria Immacolata Vassalo de Lopes (2001) como fundador de todas as opções metodológicas (nesse caso, também teórica): o critério epistemológico. 

Para a autora, esse critério “orienta a opção em torno da diversidade de paradigmas existentes nas Ciências Sociais e de seus modelos teóricos particulares” (2001, p.102-103). 

Assim podemos também afirmar que a escolha dos problemas a serem (ou não) tratados por uma teoria está articulada ao contexto de emergência dessa teoria, bem como à postura epistemológica dos teóricos.



Final dos anos 1920 - início dos anos 30

Anos 1940

Anos 1950
TEORIA HIPODÉRMICA
TEORIA DA PERSUASÃO OU EMPÍRICO-EXPERIMENTAL
TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS OU EMPÍRICA DE CAMPO
TEORIA FUNCIONALISTA
Síntese de Wolf: “cada elemento do público é pessoal e diretamente ‘atingido’ pela mensagem (WRIGHT, 1975, p.97).
à Palavra-chave: manipulação.
à Orientação: behaviorista
à Contexto histórico: período entre guerras; difusão das CM; eclosão de movimentos totalitários (Itália: Mussolini; Portugal: Salazar; Espanha: Francisco Franco; URSS: Stálin; Alemanha: Hitler).
à Primeira reação do fenômeno das CM provocou entre estudiosos de proveniência diversa.
à A principal componente da teoria hipodérmica é a presença explícita de uma teoria da sociedade de massa; no aspecto comunicativo, há uma teoria psicológica da ação.
à Pode ser descrita como uma teoria da/sobre a propaganda (tema central).
Resultante dos estudos psicológicos experimentais, essa teoria traz uma revisão do processo comunicativo da T. Hipodérmica, evidenciando a complexidade dos elementos que entram em jogo na relação entre emissor, mensagem e destinatário.
à Palavra-chave: persuasão.
à Orientação: behaviorista
à A abordagem deixa de ser global, incidindo sobre todo o universo dos meios de comunicação e passa a “apontar”, para o estudo da sua eficácia e ou ineficácia persuasiva.

Síntese: associa os processos de comunicação de massa às características do contexto social em que esses processos se realizam.
à Palavra-chave: influência. não apenas aquela exercida pelos MCM, mas a influência mais geral que “perpassa” as relações comunitárias.
à Orientação: sociológica
De orientação sociológica, seu desenvolvimento cruzou-se constantemente com os trabalhos contemporâneos da pesquisa experimental sendo por isso difícil separar âmbitos totalmente autônomos.
à Marcou de uma forma mais relevante a história da communication research.
à Situa-se num contexto social claramente de tipo administrativo e está atenta à dimensão prático-aplicável dos problemas investigados.
à Abordagem global aos MCM, pois se acentua a explicitação das funções exercidas pelo sistema das CM (mas suas articulações internas estabelecem a distinção entre gêneros e meios específicos).
à Diferentemente das teorias anteriores, tem como questão de fundo não os efeitos, mas as funções exercidas pela comunicação de massa na sociedade.
à Orientação: sociológica/estrutu­ralista.
à Palavra-chave: função
à Contexto: pós-2ª Guerra.
à Abandono da ideia (subjetiva) de um efeito intencional do ato comunicativo, atentando para as consequências objetivamente verificaveis da ação dos mass media sobre a sociedade no seu conjunto ou sobre os seus subsistemas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário